No fundo, o preconceito linguístico é um preconceito social, é o
deboche, a sátira, ou a não tolerância em relação ao modo de falar das pessoas. É uma
discriminação sem fundamento que atinge falantes inferiorizados por alguma
razão e por algum fato histórico. Nós o compreenderíamos melhor se nos déssemos
conta de que ‘falar bem’ é uma regra da mesma natureza das regras de etiqueta,
das regras de comportamento social. Os que dizemos que falam errado são apenas
cidadãos que seguem outras regras e que não têm poder para ditar quais são as
elegantes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário